O Sesc Arcoverde recebe a visita de um dos grupos de teatro mais importantes da cena gaúcha: a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, que chega à cidade sertaneja para apresentar espetáculos e realizar um bate-papo e uma oficina, nos dias 23, 24 e 25 de junho. Todas as ações têm acesso gratuito para o público. A programação é parte integrante do Arena Feminista, projeto viabilizado pela Lei Rouanet/Ministério da Cultura, com patrocínio do Itaú.
Na segunda (23), o grupo apresenta “Manifesto de uma Mulher de Teatro”, às 17h, no Teatro Geraldo Barros. A performance da atriz Tânia Farias retrata o grito contra a violência que as mulheres são submetidas, convidando-as a contarem suas histórias. A classificação indicativa é de 16 anos.
Na terça (24), às 14h, no Sesc, a Tribo de Atuadores realiza a oficina “Contadoras de Histórias: jogos para a criação de táticas e narrativas feministas de libertação”. A formação terá como facilitadora a atriz Márcia Limma e visa valorizar a expressão criativa de narrativas e imaginários para a libertação e proteção de mulheres, por meio de exercícios de autoconhecimento do corpo voltados para a valorização do feminino.
No mesmo dia, às 17h, também no Sesc, acontece o debate “Questões de Gênero na Cena Brasileira”. Integrantes do grupo teatral buscam avaliar o papel da mulher dentro do teatro, desde a criação à produção. A atividade faz uma reflexão sobre as desigualdades e brutalidade nas relações de gênero no país.
Na quarta (25), será apresentada a peça “M.E.D.E.I.A”, às 17h, na Estação da Cultura. A atriz Tânia Farias retoma a personagem de “Medeia Vozes”, agora, trazendo uma versão antiga e pouco conhecida do mito de uma mulher que não cometeu nenhum dos crimes dos quais é acusada. Na peça, o mito é questionado e reelaborado de forma original, analisando o fundamento das ordens de poder e como se mantêm ou se destroem. A classificação indicativa é de 16 anos.
Ói Nóis Aqui Traveiz – A Tribo de Atuadores surgiu em 1978 e durante mais de quatro décadas construiu uma trajetória que marcou definitivamente a paisagem cultural do Brasil. Com a iniciativa de subverter a estrutura das salas de espetáculos e o ímpeto de levar o teatro para a rua, abriu novas perspectivas na tradicional performance cênica do sul do país. Na busca de uma identidade, desenvolveu uma estética própria, fundada na pesquisa dramatúrgica, musical, plástica, no estudo da história e da cultura, na experimentação dos recursos teatrais a partir do trabalho autoral do ator, estabelecendo um novo modo de atuação.